sábado, 27 de junho de 2015

Papel em branco (5º lugar - Concurso de Poesias do Clube dos Funcionários - 2015)

Papel em branco


De rubra tinta, pinta o amor perfeito
No ton sur ton, descobre-se em meu leito
Tinge, em meu peito, a bela cor carmim.

Revela seu sabor, em nuances sutis
E emoldura, a expor romances gris,
Já desbotados, neste quadro, enfim...

Mistura, em tela, beijos sem razão
E, na aquarela do seu coração,
Corre o pincel, a desenhar o fim.

Assim, a solidão é o branco mais cruel
Pois se não há arco-íris neste céu

Virgem papel, o que será de mim?

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