Mergulho em tua alma, doce tinta escura,
E, com um nanquim de rica essência, te traço.
Na imagem, veo a cor que à tela se mistura:
Da tinta, imortal retrato teu eu faço.
Imito a pena, fina e ágil companheira,
Que desenha a face do objeto de desejo,
Escreve em poesia a afeição primeira,
Registra a emoção daquele último beijo...
Unidos pela arte, a pena e o nanquim
Deixam marcada no papel tua lembrança,
Pedaço de um amor que julgo não ter fim.
Guardo junto a ti, na moldura, a esperança
De um dia o teu sorriso abrir-se para mim
E me embalar, então, nessa ilusão tão mansa!...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário